Ventilação

A presença de atividades humanas, animais, equipamentos diversos, fumos… podem-se converter em fontes de contaminação do ar que respiramos. A produção de humidade, cheiros e a secagem do ar, têm consequências nefastas e originam:

Surgindo a necessidade de ventilar os espaços interiores. A ventilação consiste em fazer a renovação do ar ambiente de forma a retirar os elementos poluidores.

A ventilação pode ser feita, essencialmente de duas formas:

  • Ventilação Natural
  • Ventilação Forçada ou Mecânica

VENTILAÇÃO NATURAL

A ventilação natural permite uma renovação do ar interior e eliminar parcial ou totalmente a carga térmica dissipada num edifício.

No entanto nunca será possível garantir para todos os períodos de ocupação:

  • A qualidade do ar interior (QAI);
  • As corretas condições de temperatura, humidade e velocidade do ar.

VENTILAÇÃO FORÇADA OU MECÂNICA

A ventilação forçada consiste em utilizar dispositivos próprios (ventiladores, exaustores, extractores, etc.) que provocam o movimento do ar entre o interior e o exterior do recinto.

Com a saída do ar viciado e a entrada de ar novo pode-se assegurar a renovação correta e controlada do ar ambiente, a salubridade dos locais e o conforto das pessoas. Os locais ventilados permitem criar em espaços fechados um ar respirável. Adaptando os caudais extraídos e induzidos nos locais que contêm contaminantes, obtêm-se um ambiente mais confortável e mais puro.

Ventiladores

Tipos de Ventiladores:

  • Ventiladores Radiais ou Centrífugos;
  • Ventiladores Axiais ou Helicoidais.

VENTILADORES CENTRÍFUGOS

(expulsam o ar na direção radial ao seu eixo)

O ar entra pela “boca de entrada”, passa pelas pás da turbina que o empurram para a “voluta” (conduta interna) saindo pela “boca de saída”, com um dado caudal (m3/h) e uma dada pressão de saída.

Conforme a necessidade do local, podem-se utilizar ventiladores centrífugos de baixos, médios ou de elevados caudais e pressões.

Têm geralmente a sua maior aplicação em instalações industriais.

VENTILADORES HELICOIDAIS

(expulsam o ar segundo o eixo do ventilador)

A característica fundamental deste ventilador é a forma das pás ventiladoras, as quais têm uma inclinação em relação ao eixo, de modo que, ao girarem, efetuam um movimento em forma de hélice, pelo que o ar é obrigado a passar através delas, adquirindo a velocidade que lhe é transmitida pelas pás.

São geralmente utilizados em locais em que a poluição é reduzida. É um sistema económico que apresenta um nível de ruído baixo.

Grelhas / Difusores

Atualmente todos os grandes edifícios são projetados com uma instalação de ar-condicionado e não é concebido um local comercial que não disponha de refrigeração.
Mas uma vez obtido um ar em condições de qualidade e conforto o passo seguinte é distribui-lo pelos locais de maneira uniforme e com uma velocidade que incomode o menos possível. Esta técnica é denominada Difusão de Ar em Locais.
Atualmente existem no mercado difusores de indução elevada com veias radiais rotativas, de geometria fixa ou variável, tubeiras de longo alcance e baixo ruído, elementos para difusão por deslocamento bem como uma grande seleção de grelhas e difusores.

Tipos de Difusores:

  • Difusores Teto (circulares ou quadrados);
  • Difusores Lineares;
  • Difusores de Alta Indução;
  • Difusores de Baixa Velocidade;
  • Entre outros.
Difusor Circular
Difusor Linear
Difusor Quadrado
Difusor de Alta Indução
Difusor de Baixa Velocidade

Tipos de Grelhas:

  • Grelhas Insuflação / Ar Novo;
  • Grelhas Extração /Retorno;
  • Grelhas Exteriores;
  • Grelhas Interiores;
  • Entre outras.
Grelha de Extração / Retorno
Grelha de Insuflação / Ar Novo
Grelha Interior de Transferência
Grelha de Exterior

Renovações de Ar

Para calcular o caudal multiplicar a volumetria do local pelo nº de renovações por hora necessários.

Qualidade do Ar

As preocupações associadas aos efeitos da qualidade do ar na saúde pública têm geralmente em conta a poluição atmosférica, no exterior dos edifícios. Apesar disso, nas sociedades atuais as pessoas passam a maior parte do tempo em ambientes interiores: nas suas casas, nos locais de trabalho, em zonas comerciais e de lazer no interior de edifícios, etc.

Nesses espaços interiores, as fontes associadas aos materiais de construção, de revestimento e de mobiliário, a utilização de produtos de limpeza, a ocupação humana bem como a deficiente ventilação e renovação do ar, são alguns dos contributos para que, tanto o número de poluentes como a sua concentração seja, em geral, muito mais elevado do que no ar exterior.

A prevenção dos problemas de qualidade do ar interior (QAI) deve ser conseguida através da utilização de regras de boas práticas relativas à ventilação e à higienização dos espaços, bem como a correta implementação dos planos de manutenção dos edifícios, como por exemplo: alterações nos hábitos dos ocupantes, substituição de alguns materiais utilizados na decoração ou de produtos utilizados na limpeza, ou um ajustamento das taxas de ventilação dos espaços interiores.